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Covid-19 na Costa-Doce: o que se viu em uma semana de cobertura da pandemia na região do RS


Durante uma semana, a reportagem realizou a cobertura da pandemia do coronavírus na região costa-doce do Rio Grande do Sul. O objetivo era apurar e observar como as cidades da região estavam lidando com a covid-19. Os municípios analisados durante a cobertura são Arambaré, Camaquã, Cristal, Dom Feliciano e Tapes.


Do dia 15 até o dia 21 de abril, Camaquã, com cerca de 60 mil habitantes, registrava 5 mil 983 casos positivados, dentre eles, ocorreram 106 mortes pela doença.



A internação para tratamento em leitos exclusivos de covid-19 do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) chegou a 30 pacientes. São 14 pacientes em UTI, nove confirmados e cinco aguardando resultado. Já no leito de internação são 16 pacientes, sendo 11 confirmados para a covid e cinco aguardando resultado.


Já em Arambaré, com cerca de 5 mil habitantes, foi contabilizado 207 casos e 5 óbitos por coronavírus. Cristal com 8 mil pessoas, registrava 685 casos e 15 mortes. Equanto em Dom Feliciano, com 16 mil habitantes, contava com 510 casos positivados e 13 óbitos.





Tapes, conforme o último Censo do IBGE de 2020, tem 17 mil habitantes. Os dados registrados pelo boletim epidemiológico mostraram que o município tem 1159 casos positivos e 43 mortes pela doença.


A vacinação na região, assim como em outros municípios do estado, ocorre de forma muito lenta. Camaquã, por exemplo, sofreu interrupção do cronograma de vacinação dos idosos por não ter mais vacinas disponíveis. Em nota, a prefeitura do município informou a situação e também alertou para que os camaquenses que já receberam a primeira dose, também compareçam para tomar a 2ª dose, visto que, muitos não retornavam.


Em modelo drive-thru nas Unidades de Saúde dos bairros, os horários de vacinação em Camaquã funcionam dás 8h30min às 16h30min, para idosos com 60 anos ou mais. O município divulgou que 19 mil e 263 pessoas já foram vacinadas, dentre elas, 11 mil e 594 receberam a primeira dose e 5 mil 149 receberam a 2 dose.


Como os profissionais de eventos estão sobrevivendo na pandemia


Após um ano de duração, a pandemia afetou a região inteira, mas um dos grupos que mais sofreu as consequências econômicas em Camaquã foi o setor de eventos. Esses profissionais ficaram impossibilitados de cumprir sua agenda de trabalho. A reportagem acompanhou o caso de Renato Mendes, conhecido como Renato Os Reis do Riso, por sua atuação com shows de mágica em festas infantis em Camaquã e região.


Renato trabalhava originalmente com sonorização em festas de 15 anos e casamentos, mas assim como muitos, com a chegada da pandemia da covid-19, teve que se reinventar para garantir o sustento, após perder mais de 80% da agenda para 2020. Os poucos eventos que foram remarcados para 2021 também não foram possíveis, devido à longa duração da pandemia.


“No início achávamos que era algo rápido, que logo logo iria passar, porém com o decorrer dos dias foi notável que estaríamos passando por um momento delicado, então resolvemos sair da rotina, reinventar era preciso”, conta Renato.


O produtor de eventos passou a vender carvão para churrasco, e obteve um bom retorno inicial, até que as vendas começassem a cair. Após isto, Renato e a família iniciaram a confecção de artesanatos, faziam cofres e fuscas de gesso, a renda voltou novamente a ser favorável, mas ainda não era o suficiente para mantê-los. A família se viu obrigada a reduzir seus gastos, cortando desperdícios e vivendo do básico.


A amenização da crise econômica veio com o benefício da Lei Aldir Blanc, criada no ano passado para ajudar profissionais do setor cultural durante a pandemia da Covid-19.


“Quando chegamos ao limite, tive um estalo, lembrei que quando adolescentes trabalhei muito com cortes de grama, na época ajudava meu pai no sustento da casa [...] então parti para corte de gramas e roçagem realmente parece que Deus assinou embaixo, foi uma acertada nossa agenda totalmente lotada”.


Sobre a retomada dos eventos, Renato conta que já tem eventos agendados para 2022, uma esperança depois de tantos percalços. Tanto ele, como sua esposa, se dedica ao fazer o que gostam.


“Quem procura pelo nosso atendimento sempre quer um atendimento de qualidade e pontualidade, ou seja, um atendimento diferenciado, é exatamente isso que faço para com todos”.


Saiba como os alunos das redes municipais de ensino estão estudando durante a quarenta


Enquanto as aulas presenciais não são liberadas, enquanto não há vacinação em massa de alunos e professores, os estudantes e docentes das redes municipais de ensino encaram o desafio do ensino à distância.


Os obstáculos são muitos, dentre eles, a nova metodologia de ensino, o desconhecimento das ferramentas online e a falta de dispositivos para os alunos estudarem. Mas os desafios não são fatores que fizeram com que os alunos não estudassem.


Em todas as cidades, os professores estão recebendo cursos de capacitação para essa modalidade de ensino. Em Cristal, por exemplo, o modelo de ensino recebeu parecer do Conselho Nacional de Educação. Através da plataforma de vídeochamada Google Meet, os estudantes podem ter aula e interagir com os professores.


Na segunda-feira (15), os alunos em Dom Feliciano receberam os primeiros kits escolares e de alimentação. O objetivo é que as atividades remotas sejam norteadas por livros didáticos distribuídos aos estudantes. De acordo com a secretária municipal de educação, Janete Inês Balczarek, ainda há um processo de adaptação dos alunos ao novo metódo de ensino, mas ela acredita que isso será finalizado em pouco tempo.

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